[Pré-venda] Que vida é essa aos 30 e poucos anos?

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[Pré-venda] [Lançamento] [Daniel de Macedo]

Pedia permissão para sentir culpa e tristeza enquanto era cobrado para manter otimismo, garra e perseverança.

Acordava cedo, mantinha os rituais escritos como mandamentos para que a vida fosse mais doce que um pesadelo, e mais concreta que um delírio.

Entubava suas crises comprando coisas de que não precisava, ou ao menos nutrindo o desejo e a fantasia de que estava no quanto podia comprar a solução.

Seus casos eram banais quando contados e descritos, mas paixões intensas de uma noite.

Ele estava perdido, perturbado, confuso, animal com sede buscando o rio. Ele queria descansar, queria diminuir o barulho todo, aplacar a sensação de que algo precisava ser feito para suprir sabe lá o que.

Ninguém sabe ao certo quando a sede se torna fissura, quando alguém vira refém da própria dor. Aos 30 e poucos anos esses conflitos são comuns, mas, estranhamente ele e todos os outros se sentiam sozinhos em suas masmorras.

Todas essas indefinições são ponto de partida e chegada, e a cada dia é mais exigente o caminho entre o não saber o que se é, e o não saber o que vai ser. A vida não cabe mais nas camadas abaixo da euforia.

Ele não consegue sentir o sabor de simplesmente caminhar, pois na escravidão dos dias, tudo tem começo e fim marcado. Pra que não se possa mais viver fora da marcha.

Ele não lembra mais o que sentia dentro de um abraço, nem mesmo da última vez que foi perguntado sobre sonhos e escolhas.

Ele quer parar, supõe que existe um lugar anterior para onde precisa retornar, mas a pressa dos dias o faz pensar que precisa está pronto em cada instante, e apresenta as narrativas dos que conseguiram. A perversão da comparação.

Ele quer ouvir o barulho do mar, aprender sobre como cultivar afetos e amores. Quer se doar para algo que o mobilize todos os dias. Mas a vida diz não, e ele repete em silêncio.

Entre excesso de café e ansiolíticos eles todos sofrem por não haver no tempo um lugar onde possam reincididar, ou ao menos sabe porque não foi.

Eles todos, e em pedaços dessas histórias que coloca a mão sobre as vísceras humanas, falo dos sentimentos do mundo, numa ordem aleatoria do que observo, do que pode viver, e necessariamente do que sinto. Elas e eles não tem nome. Vos ofereço.

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Termos e Condições
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Autor: Daniel de Macedo
Ano: 2024
Gênero: Literatura brasileira
Páginas: 156
Selo: Multifoco