Pela Estrada até o Alasca - Diários de Aventuras de Um Brasileiro na América dos Anos 80

Descrição

"Pesquisa do Congresso americano revela que a entrada clandestina de brasileiros está nove vezes maior que em 2002. Nos primeiros seis meses desse ano, vinte e sete mil trezentos brasileiros foram detidos pela Patrulha da Fronteira".

Tendo se passado mais de uma década da publicação reportagem acima, será que a única saída para o brasileiro é mesmo o aeroporto internacional?

Em seu romance semiautobiográfico, o autor conta a história de Fred, filho rebelde da zona sul carioca, que no final dos anos oitenta resolveu trocar a realidade inocente e isolacionista de um Brasil na era pré-Collor pelo sonho dourado na Meca dos imigrantes: a América pré-Bin Laden.

Manchetes como a reproduzida acima e os picos de audiência que foram obtidos pela novela global "América" em 2005, sinalizavam que a procura por uma vida melhor no Primeiro Mundo era na época o principal sonho de muitas pessoas no Brasil, esse eterno “país do futuro”.

Mas se trata de uma questão global. Imigrantes têm sido grande foco de inquietação na outrora igualitária França; os britânicos caçam ferozmente terroristas em sua capital, partindo do terrível princípio que estes são sempre estrangeiros.

Com uma prosa rápida como um “road movie” (um verdadeiro “road book”), o protagonista Fred nos leva por toda a costa oeste dos Estados Unidos a bordo de carros driveaway (entregues porta a porta) até o gélido Alasca, em busca de trabalho na perigosa costa pesqueira daquele distante Estado norte-americano.

Por trás das fronteiras reais e imaginárias de um país, o autor apresenta, sob o olhar irônico do protagonista Fred, histórias e personagens baseadas na sua própria experiência e pinta um rico painel sobre os anseios, dificuldades e oportunidades encontradas pelos brasileiros imigrantes em solo americano.

Aventureiros de carteirinha e leitores que nunca - ou ainda não - reuniram vontade, condições ou coragem para adquirir seus próprios bilhetes aéreos, irão sentir-se passageiros de primeira classe na emocionante viagem de Fred com destino a um sonho distante.