O documentário e a escuta sensível do lugar: quando cinema e escola formam um povo
Eduardo de O. Belleza
Há pelo menos duas maneiras de o cinema habitar a escola. Uma a serviço de um povo suposto, que já está na escola e necessita que o cinema se adapte. A outra diz respeito a fazer do encontro entre cinema e escola a possibilidade de emergir um povo. Um povo sem modelo, sem cartilha, sem uma ordem dominante. São duas dimensões muito distintas e que implicam em políticas dessemelhantes, não só com as imagens, mas, sobretudo, com a educação. Diante disso, pensemos: quais negociações a relação cinema e escola é capaz de produzir? Essa questão faz perceber a instauração de outros modos de existência, tanto para o cinema, quanto para outros percursos educativos na escola. Assim, entendemos o encontro entre ambos como ação que amplia o grau de realidade do lugar, por tornar sensível o que até então não era possível ser percebido. Dessa maneira temos formado um povo, sempre porvir, pois ele não cessa de povoar a educação de outra(o)s possibilidades/problemas. Apostamos no documentário como forma de uma escuta sensível. É também uma aposta política com as imagens, na medida em que nos possibilita outros saberes escolares.
Autor:
Eduardo de O. Belleza
Ano:
2024
Gênero:
Acadêmico. Cinemas e Educações
ISBN:
978-65-5611-304-3
Páginas:
156
Selo:
Cinemas e Educações