Hannah Arendt: Um Sopro de Lucidez em Tempos Sombrios
Autor:
Pedro Augusto Gil de Carvalho
Ano:
2020
Gênero:
Filosofia
ISBN:
9786556110257
Páginas:
170
Selo:
Multifoco
Descrição
Este livro tem como intuito a busca pela compreensão do pensamento da filósofa contemporânea Hannah Arendt e a tratativa de seu legado para a área das ciências sociais. Iniciando com a importância do estudo da filosofia para o âmbito do Direito e traçando aspectos gerais que remontam ao mais importante e sombrio dos séculos, o vigésimo — com as suas duas grandes guerras mundiais, o surgimento das “massas”, o declínio da sociedade moderna e o nascimento dos direitos humanos como conhecemos hoje, a tratativa do pensamento arendtiano se faz presente para que possamos ter um sopro de lucidez no marasmo da era da tecnicidade que sobrecarrega o nosso futuro desconhecido. Ao longo da obra poderá notar-se que Arendt sempre foi uma entusiasta da crítica do coletivismo exacerbado que extirpa qualquer rastro de individualidade do ser humano. E o principal regime político a fazer com que isso aconteça, segundo ela, é o totalitarismo. Por ser algo completamente inovador no universo acadêmico, Origens do Totalitarismo, de 1951, será a primeira obra que a lançará para o sucesso. Mas não foi a única. Após vieram A Condição Humana, de 1958, e Eichmann em Jerusalém, de 1963. Todos com seu brilhantismo particular de uma pensadora à frente de seu tempo. Além de abordar temas relevantes como as razões da ascensão do regime totalitário nazista na Alemanha e suas consequências; a ideologia e o terror que se fizeram presentes no acontecimento do maior horror que a humanidade pudesse testemunhar, o holocausto; e a banalidade do mal, quando mencionado o julgamento de Eichmann e o Hospital Colônia, em Barbacena/MG, o presente livro tem por finalidade trazer à tona o conceito de “vida ativa”, que seria o mais elevado grau de atividade humana, passando a existir somente quando há pluralidade entre os homens que ocupam o mesmo espaço e que estejam comprometidos com a vida pública (o lugar político dos homens entre os homens) e garantindo o “direito a ter direitos”.