De(s/z)conto(s) de sangue

Descrição

Sobre a vida, sobre ser e ser vivendo

 A multiplicidade dos significados do título é, sobretudo, um labirinto para as intenções deste livro. Leia-o e sinta-o do modo que achar conveniente. Faça com cautela o mesmo com as frases derramadas nestas páginas. Nas polissemias das paredes destes labirintos é que o autor explora o existencialismo humano. Perscruta-o através da percepção do comum e de imagens vulgarmente triviais, a fim de propor um mergulho psicológico sobre a complexidade, a poesia e os antagonismos do processo de viver a si mesmo. O que se é? Como viver simplesmente sendo e sendo com o outro? Desejando e desejando do outro, que, antes de tudo, é outro e não projeção desse desejo? Esta não é uma obra para as respostas, mas, por meio da poesia, faz-se terreno fértil para as perguntas. Terreno fértil, porém não menos opressivo. Porque é opressivo perguntar-se. Por meio da prosa poética sangrada aqui é que se propõe um pacto, um pacto de sangrar junto. Porque viver no fundo é uma poesia que corta, um conto que machuca, uma história que sangra, e que sara. Trata-se de prosas poéticas perigosas: trazem armadilhas o tempo todo, transpõem o leitor para ângulos de desconforto - um livro feito para provocar, para seduzir e para sangrar. Um convite a viver e a pensar vivendo, para se machucar e para se sarar, para contar e (des)contar.