Ctrl + Alt + Tecnopolíticas: um laboratório de cinema na escola pública

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Em uma formação de professores de escola pública, surge um laboratório de cinema que produz lugar-escola. Nele, se assiste, conversa e cria com fragmentos de filmes contemporâneos sensíveis às forças presentes nos próprios espaços filmados.

Diversos aspectos locais, comunitários e públicos dos modos de vida desses espaços têm sido ameaçados por grandes corporações privadas com apoio estatal. Já as tensões emergentes das experimentações audiovisuais desse laboratório e das tentativas de fomentá-lo com softwares livres e princípios de soberania tecnológica popular, dão pistas de que o caráter público da escola tem sido, também, território disputado, tecnopoliticamente.

Em tempos de colonialismos digitais, a escola pode resistir à monocultura, se funcionar como um laboratório de tecnodiversidades e cinemas imprevisíveis. Como tempo livre e espaço público que produz e edita imagens, sons, códigos de programação, postagens em fóruns de discussão e demais intervenções heterogêneas.

Atentando-se às leis no 13.006/14, que prevê exibir filmes de produção nacional em escolas de todo o Brasil, e no 14.533/23, referente à Política Nacional de Educação Digital, pretende-se contribuir para o debate sobre o papel das tecnologias audiovisuais na escola contemporânea, ao apontar para algumas das potencialidades éticas e estéticas que elas possam incorporar e fazer vibrar.