BRASEIRO, ou o Império da República de Lugar Nenhum

Descrição

O Braseiro ou o Império da República de Lugar Nenhum é um esforço de reconstituição. Na quentura úmida do Pará, o autor encontrou os restos mortais de uma civilização consumida pela guerra civil.
O texto, uma narração quase-dissertação, tenta recompor a trajetória de uma realidade político-social, quiçá, distante e desconhecida das generosas almas leitoras. Uma civilização que viveu três fazes: da grandeza pomposa de um Império com pés de barros, ao pó sem grandeza poética do caos que conduziu a Lugar Nenhum. No meio do caminho, uma República que foi a própria contradição em termos de sua etimologia, a res publica.
A terra e seu povo são, pois, os protagonistas do texto. Três deles, todavia, destacam-se e conduzem o fio da história: Antão, Tião e João. Cada um, a seu modo, simboliza as fases da civilização morta: Império, República e Lugar Nenhum. Não que sejam os únicos. Há, ainda, a oportunidade de se conhecer, ao se ler esta arqueologia histórica, profetas do começo e do fim, Nilda e Edivaldo; valentes mandarins e soldados, sem medo de encarar soluções extremas; além de pobres estropiados, cujo pecado tão original constituía, sobretudo, em ser.