A cidade na pele

Descrição

O Imaginário do Rio de Janeiro já foi representado de diversas formas, em pinturas, músicas, filmes, novelas, roupas e mais recentemente tatuagens. Quais seriam então os fatores que levam os imaginários do Rio a serem tão fortes de maneira que cheguem ao ponto de se tornar marcas permanentes na pele de indivíduos? Para responder a esta e outras perguntas faço um levantamento histórico sobre o imaginário da cidade, tomando como ponto de partida a administração do prefeito Pereira Passos no início do século XX e a influência da elite burguesa carioca neste processo. Passando pela força que esse imaginário atinge alcançando o cinema, a música, roupas e marcas. Posteriormente mostrando possíveis complexificações sobre ele, de maneira a questioná-lo e mostrar questões que são frequentes no cotidiano da cidade mas que foram esquecidos por este imaginário. Em seguida em um levantamento sobre a trajetória das tatuagens na cultura ocidental, no Brasil e no Rio de Janeiro, foi possível perceber que as tatuagens já assumiram diversas significações ao longo do tempo, indo de manifestação artística tribal, a signo de marginalização e chegando aos diversos sentidos possíveis como nos dias de hoje. Através de entrevistas com pessoas que possuem na pele uma tatuagem do Rio de Janeiro, foi possível constatar que por mais variadas que sejam as razões que as levam a tatuarem o Rio, o que não se pode negar é que o imaginário da cidade foi e continua sendo tão forte que chega a ser capaz de causar intensas sensações de afeto em boa parte das pessoas que o vivenciam.